BRAZA

Com curadoria de Simon Watson, BRAZA é um ciclo de pinturas a óleo de cores vibrantes de uma festa de rua. A exposição exibiu oito telas e desenhos de parede contextualizados que têm como tema as festas de rua improvisadas criadas por jovens enérgicos que habitam bairros humildes no Brasil, mas que nos lembram de lugares semelhantes nas Américas e no mundo.

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BRAZA retrata a juventude negra na periferia de um Brasil real, que o artista conhece tão bem desde a infância. Longe do romance da mídia com as praias arenosas varridas pelo vento do Brasil, este é um mundo de favelas lotadas - becos sombrios, escadas estreitas, blocos de construção baratos de argila laranja - que, no entanto, também estão cheios de pessoas com esperança e otimismo. É um mundo de costumes simples, como tomar banho em uma caixa d'água com os amigos no quintal enquanto eles descolorem os cabelos e se preparam para o baile funk, onde mulheres felizes dançam com liberdade em uma festa que nunca termina.

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As cenas são cruas e libidinosas, uma cena sexy de festa de rua alimentada por bebidas alcoólicas baratas e maconha. Mas, mesmo quando a festa está rolando, esse é um mundo inquieto, um mundo com uma borda crua. "Acerto de Contas" - a pintura que ilustra o anúncio do BRAZA - retrata um jovem anônimo com um imponente cão de ataque que vigia um negócio de drogas com pagamento da polícia que ocorre nas profundezas das passarelas do labirinto da favela.

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Ao refletir sobre a pintura, Enivo diz que “ela retrata uma escada em uma favela onde, em primeiro plano, um jovem vestido de cachorro nos observa enquanto o movimento continua. Roupas secam no varal, um emaranhado de fios elétricos compõe a cena. No ponto de fuga, damos o título à obra. Há uma cena de corrupção, um acerto de contas entre a polícia e os traficantes de drogas, as chamadas milícias. Para entrar nesse submundo é preciso ter coragem. As favelas não são imaginárias, as favelas são muito reais”.

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Curadoria por Simon Watson

Diretor geral Xavier Auza

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Curated by Simon Watson, BRAZA is a cycle of vibrantly colored, oil paintings of a street party. The exhibition will display eight canvases and contextualizing wall drawings that have as their theme the makeshift street parties created by energetic young people who inhabit humble neighborhoods in Brazil – but reminding us of similar places throughout the Americas and the world.

 

BRAZA portrays black youth on the periphery of a very real Brazil, one that from childhood the artist knows so well. Far from the media’s romance with Brazil’s windswept sandy beaches, this is a world of crowded shanty towns, favelas— brooding alleys, narrow stairs, cheap orange clay building blocks— that nevertheless are also full of people with hope and optimism. It’s a world of simple customs like a bath in a water tank with friends in the backyard while they bleach their hair getting ready for the funk dance where happy women dance with freedom in a party that never ends.

 

The scenes are raw and libidinous, a sexy street party scene fueled by cheap liquor and reefer. But even while a party is rocking, this is an uneasy world, a world with a raw edge. “Acerto de Contas”— the painting that illustrates BRAZA’s announcement— depicts an anonymous young man with an imposing attack dog who stands guard over a drug deal with police payoff taking place deep in the favela’s labyrinth walkways.

 

Reflecting on the painting, Enivo says “it depicts a staircase in a favela where, in the foreground, a young man dressed as a dog watches over us while the movement continues. Clothes dry on the clothesline, a tangle of electrical wires composes the scene. At the vanishing point we give the title to the work. There is a scene of corruption, a settling of scores between the police and drug traffickers, the so-called militias. To enter this underworld you need to have courage. Favelas are not imaginary, favelas are very real.”

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Kates-Ferri Projects, New York, NYC, Estados Unidos

October 2022

Curated by Simon Watson

Directed by Xavier Auza